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A Evolução Do Treinamento De LLMs: Guia para entender LLMs do zero

Andrew Correa |
A Evolução Do Treinamento De LLMs: Guia para entender LLMs do zero
3:06

 

O que são LLMs? A “Receita” do bolo

Imagine um Modelo de Linguagem de Grande Escala (Large Language Model, ou LLM) como um enorme “arquivo zip” comprimindo todo o conhecimento textual da internet. No fim das contas, um LLM é composto basicamente de dois arquivos: um arquivo gigante cheio de “parâmetros” (os pesos aprendidos) e um arquivo de código que serve para rodar e interpretar esses parâmetros. Quando rodamos esse modelo, o que ele faz é simples, porém poderoso: prevê a próxima palavra, usando trilhões de exemplos retirados dos textos da internet. Toda a construção vem dessa tarefa central — prever o que vem a seguir.

Como transformar um modelo em assistente: O fluxo de 4 etapas

1. Pré-treinamento: Nessa fase, o modelo aprende a “completar textos” — ele só sabe prever palavras, não entende contexto, instruções ou ética.

2. SFT (Ajuste Fino Supervisionado): Aqui, alimentamos o modelo com exemplos de perguntas e respostas de alta qualidade, ensinando-o a responder como um assistente.

3. Modelo de Recompensa (RM): Treinamos um segundo modelo para agir como “juiz”, aprendendo a escolher entre respostas boas e ruins com base em preferências humanas.

4. RLHF (Aprendizado por Reforço com Feedback Humano): Usamos esse juiz para “polir” o LLM, recompensando respostas úteis e seguras, e penalizando as inadequadas — tudo via algoritmos de otimização avançados.

Analogia didática: O modelo base é como um estudante que leu todos os livros do mundo, mas o pós-treinamento o ensina a conversar e ajudar de verdade.

LLM como Sistema Operacional: Muito além de chatbot

Hoje, o LLM funciona quase como um novo “sistema operacional” para a inteligência artificial. Ele não é só um chatbot: é um “kernel” capaz de aprender a usar ferramentas, resolver problemas, rodar códigos ou fazer buscas externas. O futuro aponta para modelos que alternam entre o pensamento “Sistema 1” (rápido e intuitivo, dominante hoje) e “Sistema 2” (lento e deliberado, para decisões mais complexas).

Riscos: A “Caixa Preta” da IA

Como toda caixa preta, não sabemos exatamente como os LLMs armazenam e processam conhecimentos. Existem riscos, e Andrej Karpathy destaca dois:

- Jailbreaking: Tentativas de enganar o modelo para contornar seus filtros de segurança.

- Prompt Injection: Um risco mais sofisticado, quando o invasor sequestra o prompt do modelo para fazê-lo executar tarefas não previstas — um desafio sério para segurança e confiabilidade.

Resumo

LLMs são “arquivos zip” da internet, treinados para prever palavras e, após refinamentos, se transformam em assistentes poderosos — mas ainda misteriosos em seu funcionamento interno. Eles já atuam como novos sistemas operacionais para IA, ampliando as possibilidades muito além do bate-papo, mas trazem desafios importantes em segurança e transparência. Entender essa evolução é fundamental para aproveitar o poder dos LLMs conscientemente no cotidiano e nos negócios.

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